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CAMPANHA FICA PINGO

Durante esta semana recebemos telefonemas e emails de várias pessoas sobre a matéria Fica Pingo.

Particularmente, não conhecemos pingo.
Mas o pedido dos adolescentes para que Pingo permanecesse na equipe foi para nós a demonstração de que em Itambacuri há um grupo de adolescentes e jovens que corre atrás, vai, luta, tem raça para defender seus interesses e isso muito nos entusiasma.
 É belo ver que há pessoas não se entregam e não se curvam e não se condenam a viver sem razão.

Registramos abaixo a mensagem explicativa sobre a questão em debate e o apoio à Campanha Fica Pingo que o internauta Leonardo Schutte nos enviou:

"Olá Silene, bom dia, como vai?

Sobre a matéria do Esporte, como trabalhei 4 anos no EC Democrata-GV posso comentar com propriedade.

Fazer futebol no interior, seja profissional ou de base, não é fácil. Raramente encontramos alguém que invista no esporte. Cidades de médio porte como Governador Valadares sofrem com a falta de empresários investidores no futebol. Com isso são poucos recursos e poucas possibilidade de uma equipe interiorana conseguir vaga em alguma competição.

O profissional do Democrata desde 2008 só disputa uma competição por ano, o Campeonato Mineiro do Módulo I, enfrentando clubes como Atlético, Cruzeiro, América-BH e Ipatinga. Por sua vez as categorias de base do clube estão fora de competições oficiais, organizadas pela Federação Mineira de Futebol, desde 2006. Este cenário é facilmente explicado pela falta de recursos, uma vez que os custos com as viagens, transporte, hospedagem e alimentação da categoria de base são os mesmos de uma equipe profissional. A diferença entre a categoria Junior e a categoria profissional é a folha salarial. No interior a folha de uma equipe profissional geralmente vai de R$ 100 mil a R$ 150 mil. Em Minas a exceção é a Caldense, de Poços de Caldas, com uma folha acima de R$ 250 mil.

Na categoria Junior estes valores para a folha de pagamento são reduzidos consideravelmente. Mas, como ressaltei acima, as demais despesas são as mesmas. Uma viagem para Belo Horizonte não fica por menos de R$ 6 mil. Uma viagem ao triângulo mineiro, o Democrata já chegou a pagar R$ 15 mil (onibus, hospedagem e alimentação). 

Então o futebol é muito caro e são poucos os que desejam investir. 

O poder público (prefeitura) pode investir no futebol de base, como os juniores, desde que seja um trabalho social, com o objetivo de incluir os adolescentes no esporte, não no trabalho. Outra forma para investir nas categorias de base é a Lei de Incentivo ao Esporte e a Cultura. 

Conheci o Pingo em Itambacuri, uma pessoa ligada ao meio do futebol, com uma agenda de vários contatos e que claramente ajudaria não só o time Itambacuri, mas também o município a alcançar certa projeção na região Leste e no estado de Minas Gerais.

Perder o Pingo é algo profundamente ruim para Itambacuri e tenho certeza para os garotos também. Os adolescentes confiam no treinador, chamado de professor, e dependem desta confiança para o desenvolvimento. 

Acho legitimo a prefeitura de Itambacuri dar suporte a estes garotos. Mas considero extremamente errado a prefeitura tratá-los como trabalhadores. O poder público pode investir nestes garotos, mesmo que seja de outras cidades, mas precisa dar suporte: EDUCAÇÃO, moradia de qualidade, alimentação, acompanhamento médico e psicológico, etc. 

Não pode apenas buscar o garoto de sua cidade e tratá-lo como um atleta profissional. Precisa acompanhar. E quando conheci o Pingo em Itambacuri, o objetivo dele era esse: dar uma estrutura humana, pedagógica, psicológica e esportiva aos garotos. Em termos gerais, o objetivo do Pingo era a CIDADANIA. "

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