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Um ano após a operação desastrosa na zona rural de Frei Serafim que terminou com a morte da idosa D. Raimunda, amigos e familiares aguardam julgamento.


Um ano após a tragédia provocada por 6 (seis) policiais militares na zona rural de Itambacuri, onde naquele local,  por volta da meia noite, os PMs Tenente Edson Henrique Rabello de Souza Mendes, Soldado Juliana, 2º Sargento Henrique, 3º Sargento Vander dos Santos Dutra, Cabo Wendel Oliveira Santos, Cabo Alexandre, interferiram na paz dos moradores e  o fizeram da forma mais dramática possível, invadindo a casa, atirando em dois deficientes, cometendo inúmeros abusos com o idoso Geraldo Paulino e matando D. Raimunda e que também teve como resultado 2 policiais feridos; a família relembra a tragédia, enquanto aguarda resposta e julgamento da ação policial ocorrida naquela triste noite.

É do conhecimento de todos que  as investigações continuam e que a Polícia Civil de Itambacuri, a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais realizou no dia 23/11/2016 a reconstituição do crime  naquela localidade.
Na ocasião, acompanharam a operação o Delegado Regional Luciano Cunha Lima e o Promotor de Justiça Lucas Dias Pereira.

Os PMs encenaram passo a passo da operação e, em muitos momentos foram contestados pelo idoso Geraldo Paulino que chorando insistia em dizer que os policiais estavam mentindo.


Como dito, linhas atrás, em muitos dos momentos da reconstituição, alguns policiais entraram em contradição  e, embora o Wendel tenha apresentado novas informações e assumido ter dado o disparo que acabou com a vida da idosa Raimunda, ele não se torna o principal suspeito. 

Isto porque embora a arma utilizada no crime seja a dele, as condições em que ele se encontrava, com a boca toda estraçalhada, deixa sérias dúvidas da sua condição de matador; sendo que pode perfeitamente outro policial  ter utilizado a sua arma.

 Deste modo, somente após os peritos  avaliarem se havia manchas de sangue na arma e comprovarem ser dele as digitais e finalizar uma investigação minuciosa na busca da verdade é que podemos admitir como definido o nome de quem matou a dona Raimunda.

Enquanto isso, a Polícia Civil e o Ministério Público seguem com as apurações e não descarta que novas informações ainda possam surgir já que várias inconsistências foram encontradas nos depoimentos dos policiais.

Wander assumiu que ele quem arrombou a porta da casa do idoso sob o argumento de que o idoso havia atirado de dentro para fora da casa.


Uma das situações que foi percebida por todos é o fato de que o idoso e a família aguardavam o momento de reconstituição muito machucados, feridos e tristes; por outro lado, as pessoas que ali foram para acompanhar a reconstrução estavam muito apreensivos; enquanto que na contramão, a policial chegou naquele local como se nada de grave estivesse acontecido, quando ela era parte do quadro de horror. A policial passava creme como se estivesse se preparando para pegar a praia e registrava os fatos de uma forma incomum. Situação que causou indignação em alguns presentes.

As marcas de balas, que ainda podem ser vistas nas paredes do quarto do idoso, dão ideia do cenário de terror daquela noite. 

Verdadeiramente o que se percebe da reconstituição é uma ação desnecessária, desastrosa; é uma afronta aos idosos e deficientes que foram confinados, inviabilizados em suas defesas dentro do lar, um crime covarde; que deve ser repugnado por todos.




Confira abaixo imagens

momento de chegada das autoridades

preparação para iniciar a reconstituição



policiais retratam a chegada à casa


Sargento Vander segue em direção à porta para mostrar e explicar o instante em que arrombou a porta da casa



Carlos  explicando que no momento em que adentraram a casa ele saltou a janela, no susto.


 

Momento de contradição em que policiais diziam não terem atirado e o delegado informa que houve tiro que atingiu a estaca.




Demonstração do momento em que deficiente Carlos ficou preso no arame. Lembrando que ele ficou totalmente de cabeça para baixo e com todo o corpo preso no arame






Momento em que Wendel explica que havia dado um tiro no chão porque imaginou haver alguém ali. Fato não relatado anteriormente.



Momento em que policiais alegam que d. Raimunda havia saído da casa com uma arma pesada. 

momento em que inviabilizam o idoso Geraldo




momento que retrata a alegação dos policiais de que D. Raimunda fora com uma arma para cima deles.


momento em que Wendel alega ser ele o autor do disparo que tirou a vida de D. Raimunda.








momento em que demonstra o Comandante Rabelo caído após levar o corte.




Conheça mais sobre este fato em:
http://itambacuriemfoco.blogspot.com.br/2016/02/analise-da-operacao-desastrosa-da.html

Comentários

  1. Além de covardes, mentirosos e cínicos. Esperamos que o Dr. Claudio seja rígido e que os jurados sejam corajosos e condenem esses criminosos.

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