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A ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL IRMÃ GERMANA E A “CASA DAS IRMÃS CLARISSAS FRANCISCANAS" DE ITAMBACURI FORAM INTERDITADAS PELO BATALHÃO DO CORPO DE BOMBEIROS POR APRESENTAR RISCO DE DESABAMENTO


Ontem (25.02.2022), a   Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Germana e a Casa das Irmãs de Itambacuri foram interditadas, pelo Corpo de Bombeiros de Teófilo Otoni, após passar por avaliação, por apresentar risco eminente de desabamento.







                          












Entenda a situação:

Embora qualquer pessoa perceba os sinais de perigo na estrutura do prédio onde funciona a Escola Municipal de Educação Infantil Irmã Germana, o Município de Itambacuri entendeu que o prédio podia funcionar e ordenou o retorno das aulas naquele espaço, mediante um  parecer técnico do engenheiro RODRIGO CIABATARI RAMOS DE OLIVEIRA. Confira:


Ocorre que alguns pais preocupados com as trincas no prédio, nos procuraram relatando os fatos. Fomos em busca de registros e entendemos que se o prédio precisou de escoramento para amenizar o problema,  já era uma situação de risco, pois se faz escora em qualquer situação ( seja em móveis, em barrancos, em lajes), é para aliviar um problema existente;  mas  a escora não resolve o problema.

Diante disso, encaminhamos as imagens para o Ministério Público, que imediatamente oficiou o Município de Itambacuri e a Defesa Civil e o 6º Batalhão de Bombeiros Militar solicitando deste avaliação da edificação.

 No dia de ontem, a segunda Companhia do Corpo de bombeiros de Teófilo Otoni vistoriou o local e constatou, no térreo, algumas trincas na viga, que tinha apenas um pilar para suportar as cargas das vigas e que o posicionamento do pilar não favorece nenhuma das vigas; que há fissuras causadas pela compressão e consequente esmagamento do concreto.

Verificou, também, que as escoras metálicas que foram colocadas ao longo dos vãos das vigas  não são suficientes para evitar uma tragédia.





Ademais, os bombeiros encontraram pontos mais críticos no pavimento de cima,  com várias fissuras e  trincas. Sendo visível a ruptura do concreto das vigas e da laje.

O batalhão constatou que o escoramento das vigas estão de forma incorreta e insegura, apresentando risco.

Um fato considerado crítico pelos bombeiros Cabo Thiago Quaresma Rocha  e pelo soldado Glauber Mendes Silva é que uma das escoras encontrava-se praticamente solta e no mesmo alinhamento havia uma senhora cadeirante a um raio de um metro de distancia. Portanto, havia perigo eminente da idosa ser atingida.

Também, as escoras estão expostas em cômodos que eram utilizados pelas ocupantes da casa, sendo que se de forma involuntária alguma dessas pessoas poderia esbarrar e provocar um acidente.

A vice-diretora da Escola Municipal Irmã Germana, Daniele, informou aos bombeiros que na escola há 450 (quatrocentos e cinquenta ) crianças e 45 ( quarenta e cinco funcionários) e que no horário da manhã há uma quantidade fixa média de 300 alunos.

A Irmã Regina informou aos bombeiros que na casa das irmãs, há 07 (sete) moradoras com mobilidade reduzida devido à idade e algumas delas necessitam de cadeira de rodas para locomoverem e há 4 (quatro) funcionárias.

Devido a ausência de maiores informações no parecer do engenheiro Rodrigo Ciabatari Ramos Oliveira, os profissionais do Corpo de Bombeiros não constataram quais os fundamentos técnicos foram utilizados pelo engenheiro para garantir a estabilidade da estrutura.

Diante da situação, realizou-se a interdição da área de forma imediata.


OUTROS ASPECTOS DO PRÉDIO OBSERVADOS POR NÓS.

Embora o laudo do corpo de bombeiros seja sucinto e não mencione, é visível que a escada onde subia e descia alunos é lisa e estava faltando uma fita em cada degrau para evitar que os alunos caíssem e machucassem. Também, o corrimão está incorreto. Tem uma peça cortante, que pode machucar a mão das crianças.


O piso soltando...


                       Vemos de forma clara a irresponsabilidade do município de Itambacuri, que fechando os olhos para a gravidade do problema deixou de exercer a fiscalização que lhe competia e permitiu que alunos estudassem em um prédio totalmente destruído, correndo o  risco de sofrer um acidente.

E pior... o Município de Itambacuri tentando encobrir as rachaduras existentes no prédio, mandou cortinar uma das áreas críticas, de modo que as pessoas não enxergassem as trincas. 

Ademais, há de se ater que há quase 8 anos iniciou-se a obra da escola Irmã Germana e que está ainda  por finalizar.  No entanto, temos informações que a secretária de educação está priorizando sofás (até namoradeira tem) e tapetes para a Secretaria de Educação Municipal, como se aquele espaço- órgão público fosse uma casa de repouso com artigos de luxo para fornecer conforto e descanso. Isso é vergonhoso! É um absurdo! Precisa ser investigado. Ali é um órgão público, um local de trabalho.

Conclamamos ao Ministério Público que faça uma visita in loco e apure todos os gastos com coisas supérfluas junto à Secretaria Municipal de Educação, enquanto, de forma imprudente a secretária, Maria Dávila, fecha os olhos para questões graves como a do térreo onde estava a estudar 450 crianças e a trabalhar 45 funcionários, sob o risco iminente de desabamento. 

Isso é não dar a devida importância à vida destas crianças e funcionários. 

Lembramos que no âmbito da Superintendência Regional de Ensino, o setor de rede física conta com técnico do quadro de engenheiro civil que tem como missão identificar necessidades, elaborar diagnósticos e emitir relatórios que dizem respeito à qualidade dos espaços escolares.  Então, temos umas questões: A secretária municipal de educação informou a situação da escola à Superintendência Regional de Teófilo Otoni? A inspetora escolar esteve na Escola Irmã Germana e tinha ciência do que ocorria?

 Por outro norte, observamos que o engenheiro Rodrigo Ciabatari Ramos Oliveira, ao dar o parecer, utilizou-se do número do registro do CREA de São Paulo; mas ele tem visto ativo no CREAS de Minas.

               O documento elaborado pelo engenheiro não menciona se houve emissão do Atestado de Responsabilidade Técnica pelo Conselho Regional de Engenharia (RT). Tentamos contato com ele, mas não obtivemos sucesso.

              Não podemos fechar esta matéria, sem dar um salva de palmas ao Membro da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itambacuri e os demais servidores e estagiários do MP e ao 6º (sexto) Batalhão de Bombeiros que de imediato enxergaram o risco, que a secretária municipal de educação de Itambacuri não enxergou, e tomou as medidas necessárias a fim de evitar uma tragédia na nossa cidade. 
            
               Entramos em contato com irmã Regina que nos informou que as irmãs estão bem, acatando a ordem.

              Agradecemos as pessoas que, embora temerosas, relataram os fatos, fotografaram e buscaram ajuda para que a denuncia chegasse aos órgãos competentes. 
               Confira abaixo o Boletim de Ocorrência lavrado pelo pelotão de Bombeiros de Teófilo Otoni-MG.









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