PROMOTORA DE JUSTIÇA, JARLENE APARECIDA BANDOLI MONTEIRO, PRESTA ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO DE ITAMBACURI SOBRE A SUA ATUAÇÃO COMO PROMOTORA DE JUSTIÇA E REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS E AFIRMA QUE NÃO TEM NENHUMA RELAÇÃO DE AMIZADE COM NENHUM POLITICO DA COMARCA DE ITAMBACURI .
A crença construída nos últimos meses que a Promotora de Justiça, Jarlene Aparecida Bandoli Monteiro, é parceira do Município de Itambacuri e do prefeito Jovani Santos ficou muito mais exposta, a partir do dia 19 de maio de 2023, quando o prefeito Jovani e o vice prefeito Luis Andre no "PROGRAMA CONSTRUINDO O AMANHÃ" – Podcast conduzido por Bruno Santos enfatizaram uma parceria realizada entre a promotora Jarlene e o município de Itambacuri.( disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4TaerPqw0z4)
Observem trechos da fala dos políticos:
Devido
a fala do prefeito, vice prefeito e Bruno Sousa, muitos internautas, que
acompanham este informativo, começam a questionar como se dá esta parceria; se a parceria do
Ministério Público com o Município de Itambacuri não atrapalhava qualquer
investigação contra o administrador público; se a Dra Jarlene não atendia os
interesses destes Políticos influentes; como a Promotora de Justiça iria apurar
as denúncias que pesam sobre o governo do prefeito Jovani Santos já que a
promotora havia doado a quantia de R$27.300,00 ( vinte e sete mil e trezentos
reais) para o município de Itambacuri.
Ouvimos
a mesma repetição de que as representações contra a administração pública de
Itambacuri ou contra o governo Jovani não iam dar em nada; que a promotora está
com o prefeito, que a promotora almoçou com o prefeito e até parecia uma
verdade incontestável a amizade entre prefeito e promotora.
Diante de tantos questionamentos e inquietudes, e sabendo que o Ministério Público é um órgão que trabalha como porta-voz dos interesses da comunidade (curadorias da fazenda pública e feitos fiscais, curadorias da saúde, do meio ambiente, da infância e juventude, do idoso); sabendo que o/a representante do Ministério Público é um(a) fiscal da lei e investiga suspeitas de crimes como desvio de recursos públicos; mas cientes de que o Ministério Público trabalha calado, sem alarde até que esclareça as matérias objeto de investigação; nós, que sempre acreditamos no trabalho dos Promotores e Promotoras de Justiça com atuação no Ministério Público da Comarca de Itambacuri e, por isso, muitas vezes denunciamos aquilo que consideramos irregular dentro dos órgãos públicos desta cidade, junto ao Ministério Público; enviamos um ofício para a promotora Jarlene com pedido de informação/explicação sobre a parceria mencionada pelo administrador público municipal para melhor esclarecer a população.
Os
questionamentos foram voltados para a doação: se o valor de R$27.300,00 (vinte
e sete mil e trezentos reais) foram recursos próprio ( pessoal - doados por ela
( a promotora) para o Município de Itambacuri)
ou recursos do Ministério Público provenientes de multas, acordos
judiciais ou outras fontes, já que faltou
clareza por parte dos políticos ao citar o nome da promotora...; pedimos, também, informações sobre a aplicabilidade do recurso, forma de prestação de contas; entre
outros.
Dra
Jarlene prontamente nos respondeu e destacou que não tem NENHUMA RELAÇÃO DE
AMIZADE COM NENHUM POLÍTICO DA COMARCA DE ITAMBACURI. A relação que tem com
todos os políticos da comarca é estritamente profissional e no exercício das
suas funções ministeriais.
Esclareceu
que desempenha suas funções de acordo com a Constituição Federal e demais
normas jurídicas, dentre estas a de “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia”.
Informou
que as normas estabelecem, dentre as inúmeras funções que lhe são atribuídas,
a de atuar como “mediadora e interlocutora entre a sociedade civil e os
poderes instituídos, facilitando a comunicação e visando, de forma preventiva,
a adequação das atividades estatais aos direitos fundamentais”.
Destacou
que atua como MEDIADORA e
INTERLOCUTORA entre a sociedade civil e os poderes públicos, notadamente com os
Municípios; que não é “parceira” de nenhum prefeito da comarca de Itambacuri,
mas atua em conjunto com os Municípios e as Câmaras Municipais (sendo que eles
são representados pelos prefeitos, secretários municipais e vereadores) em
busca de melhorias para a população.
Dra
Jarlene citou como exemplo da sua atuação, a situação dos catadores de materiais
recicláveis do Município de Itambacuri, os quais foram até a 2ª Promotoria de
Justiça de Itambacuri no segundo semestre de 2022 buscar o apoio do Ministério
Público para a melhoria de suas condições de vida, tendo em vista que estavam
vivendo uma situação de grave vulnerabilidade social, em que o local de
trabalho onde laboravam foi queimado e todo o lixo que conseguiam coletar
estava sendo queimado por terceiros não identificados.
A promotora informou
que ela e a sua equipe realizaram uma visita técnica no dia 21/10/2022 ao
“lixão” de Itambacuri e, após conversarem com os catadores de materiais
recicláveis, constataram a gravidade da situação, notadamente a miserabilidade
social que estavam expostos.
Informou, ainda, que diante do quadro, realizou várias reuniões, em que estiveram presentes a CIMOS/TO (Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Social de Teófilo Otoni - MPMG), o Município de Itambacuri (nas quais participaram o Prefeito, o Vice-prefeito e o Secretário do Meio Ambiente), a Câmara dos Vereadores (nas quais compareceram o presidente da Câmara e vereadores), os representantes da SEDESE e a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Itambacuri (ASCAMAR), oportunidades nas quais ela buscou intermediar políticas públicas a serem implementadas em favor dos catadores de materiais recicláveis.
E
nessas reuniões, por meio da mediação, restaram consignadas inúmeras políticas
públicas a serem desenvolvidas em favor dos catadores de materiais recicláveis
de Itambacuri, como por exemplo, a instalação de um galpão de triagem de
material reciclável e a compra de uma prensa desses materiais para a ASCAMAR, a
contratação dos catadores pelo Município de Itambacuri, assim como um benefício
pecuniário devolvido pela Câmara Municipal ao Município para o custeio
provisório de tais pessoas.
Destacou
que não doou, com recursos próprios, a quantia de R$ 27.300,00 (vinte e sete
mil reais) ao Município de Itambacuri. Que ela, como Promotora de Justiça,
promoveu o encaminhamento ao Fundo Municipal do Meio Ambiente de Itambacuri de
valores decorrentes de multas de TACs (Termos de Ajustamento de Conduta)
ambientais firmados na comarca de Itambacuri, para que esses valores beneficiassem
a própria população local, sendo que eles foram utilizados na compra da prensa
que foi destinada aos catadores de materiais recicláveis de Itambacuri.
Avisou
que o galpão de triagem de material reciclável, também destinado aos catadores,
está sendo construído com recursos do Município e com valores decorrentes de
acordos firmados na comarca de Itambacuri, não se tratando de aporte financeiro
a nenhum agente político, mas uma política pública que está sendo desenvolvida
em benefício dos catadores e da população de Itambacuri, a qual receberá uma
prestação de serviço melhor, independente de quem seja o representante eleito
no executivo e no legislativo municipal.
Ressaltou
que a destinação de valores decorrentes de multas ambientais ao Fundo Municipal
do Meio Ambiente é uma exigência do MPMG, sendo que o Conselho Superior do
Ministério Público homologou todos os Termos de Ajustamento de Conduta que
celebrou dessa forma. Tais valores destinados ao Fundo Municipal do Meio
Ambiente são devidamente fiscalizados e sujeitos a sanções em caso de
constatação de desvios.
Destacou que é a Promotora de Justiça com atuação extrajudicial na curadoria do
patrimônio público, histórico e cultural, meio ambiente, consumidor, fundações
e fiscalização da atividade policial na comarca de Itambacuri, sendo que todas
as denúncias relativas a tais temas que são encaminhadas a ela são devidamente
autuadas e fundamentadas as instaurações ou os arquivamentos.
Finalizou
a nota informando à população que as Promotorias de Justiça de
Itambacuri estão sempre de portas abertas para atendimento de qualquer cidadão
que busque a tutela ministerial.
NOSSO
POSICIONAMENTO
Há muito tempo sentimo-nos incomodados e preocupados com o fato de algumas pessoas, por conversarem com uma promotora de justiça ou um juiz, utilizarem-se do momento para se passarem por "amigo ou amiga" da autoridade e, inclusive, querer fazer com que os mais desavisados creiam que a autoridade não vai agir contra aqueles/aquelas por causa da proximidade.
Também, ouvimos de pessoas desta cidade dizerem desalentadas... "fui falar com "fulano" - no caso é um agente politico, que ia procurar a promotoria e disse vai mesmo, não vai dar em nada."
Com este modo de proceder, elevam a suspeita pública contra autoridades que todos os dias esforçam em ajudar a comunidade; causam um crescente sentimento de inoperância dos órgãos e suprimem a vontade do povo de buscar o Ministério Público ou a justiça, na defesa de interesses coletivos.
Pensamos que os entrevistados, no programa "Construindo o amanhã", faltaram com o devido respeito para com a Digna promotora de Justiça Dra Darlene, ao citarem, consistentemente, em vários momentos da entrevista, o nome da representante do Ministério Público como parceira do município... uma parceira fenomenal"; especialmente quando fazem tal afirmação numa época em que toda a cidade e região tem conhecimento do escândalo envolvendo a administração pública municipal, com o governo Jovani Santos acusado de Caixa dois, CARTEL, enriquecimento ilícito, doação de porta comprada com dinheiro público, construção de mansão com dinheiro ilícito. Tempo em que vereadores pedem a abertura de uma CPI para apurar tais denúncias.
Nota-se, inclusive, que o vice prefeito agradece a participação da promotora, quando, na verdade, a iniciativa de chamar as autoridades para uma reunião em torno de um problema, que não era nem para existir caso houvesse boa vontade política e gestão governamental voltada a um trabalho indispensável para o equilíbrio ambiental, foi da Promotora de Justiça que preocupada com as questões sociais se posicionou de maneira firme e como mediadora diante da situação que merece cuidado. Ou seja, quem acabou participando foi a administração pública.
Acreditamos que o nome da promotora de Justiça foi enfatizado propositalmente e até com certo exagero porque a maioria das pessoas ainda acredita no Ministério Público e muito mais do que confiam no governo. Daí a importância de tentar criar a impressão de que a Dra Jarlene é quem foi participar de um projeto do município e não houve interesse de bem informarem que o Ministério Público chamou o município a assumir a sua responsabilidade diante de tão delicada situação, qual atravessava os catadores.
Por outro lado, chama-nos a atenção o olhar atento da promotora de justiça na história de Itambacuri. Ao visitar o deposito e destinar recursos para que os catadores de materiais recicláveis tenham melhores condições de trabalho, a Promotora de Justiça Jarlene mostra que o Ministério Público está mais próximo das minorias, observando as necessidades dos mais carentes, promovendo geração de emprego e renda na vida dessas pessoas, fazendo inclusão socioeconômico.
Por fazer um verdadeiro ministério de apoio às associações comunitárias desta cidade, a promotora Jarlene deixa um legado digno de nota e de nossas considerações.
Confira
abaixo o esclarecimento da Promotora de Justiça JARLENE APARECIDA BANDOLI MONTEIRO, "colocando os pingos nos "is"."
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